segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Sobre o que podemos aprender com nossas amigas....

Eu sempre reclamo da pressão que eu tenho que aguentar, por estar solteira.
Mas a verdade, é que eu sou quem mais pressiona. A cobrança vem, primeiramente de mim. Não me dou sossego.
Eu sempre digo que sofro, pois a maioria das minhas amigas são casadas ou namoram. Mas não é verdade.
Esses dias encontrei com grandes amigas. Nos conhecemos, desde a época do colégio.
Amigas que tem, basicamente a mesma história que eu. Que tem mães e pais, que se mataram para nos bancar antes de conseguirmos nosso primeiro emprego. Amigas que com 14 anos, tiveram que escolher uma profissão (fizemos colégio técnico). Mulheres que trabalhavam seis horas em pé e depois iam para a balada, lindas e poderosas.
A grande maioria das minhas amigas emendaram o colégio, com a faculdade. Tiraram carta de habilitação com dezoito anos. Viajaram para o exterior. Enfim, viveram.
Tenho amigas que moram sozinhas ou que pretendem seriamente se mudar logo. Amigas que ainda moram com seus pais, mas que mantem o controle de suas próprias vidas.
E sabe do que mais? Estão todas solteiras. E não é porque ninguém as quer, ou porque "não precisam de homem" para nada. Estão solteiras, porque elas não são só isso. Elas estabeleceram outras prioridades. Outros sonhos.
São mulheres independentes, que não vão aceitar o primeiro cara que aparecer na frente. Não se desesperam por estarem sozinhas, a ponto de entrar em uma relação que não as façam bem.
Eu tenho orgulho das minhas amigas e aprendi muito com esse encontro. Aprendi que posso ter muito mais, que uma vida de casada. Que existe tanta coisa que posso fazer, por estar solteira. Como poder estar com elas e aprender tanto. Digo isso, porque nenhuma das amigas que estão casadas, foram a esse encontro.
Então hoje, quando uma mulher casada me olhar com aquela cara de "coitada, ela ainda não casou", não vou ter mais vontade de chorar ou socar a cara da pessoa. Na verdade, vou sorrir. Porque ninguém teve mais da vida, do que eu.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Só mais um dia na vida de Lica

Depois de um dia bem estressante no trabalho, Lica decidiu ir a uma livraria. Ela nunca soube bem porque, mas sempre se sentia melhor quando estava entre os livros. Vai ver que lendo as histórias dos outros, ela consegue esquecer da sua própria.
Lica é uma mulher de 25 anos. Independente, lutadora, amiga, "paupratodaobra" e ... solteira. Esse não é um termo do qual ela goste. E ela se esforça para não falar mais "eu sou solteira" e sim dizer "estou solteira".
Lica é uma mulher por fora. Mas por dentro é apenas uma menina que sonha com um principe que a liberte dessa vida monótona e vazia. Sonha com o amor que dure a vida toda, com filhos e casa com cerquinha branca.
Claro que ela já se apaixonou. Muitas vezes. E já amou uma vez. Como ela diz: Se eu um dia cheguei perto de sentir amor por alguém, foi quando namorei o Fulano.
O Fulano ela namorou quando tinha 21 anos. Foi o sentimento mais forte e mais bonito que ela já sentiu por alguém. E enfim, ela tinha certeza que a sua busca havia acabado.Não haviam dúvidas. Era ele. Ela sentia que poderia viver o resto da sua vida, feliz ai lado do Fulano. Mas nem todos os livros tem o final que nós queremos e a história da Lica com o Fulano acabou dois anos depois. E deixou muitas dores e cicatrizes mal curadas.
Hoje ela está nessa livraria, lendo sobre a vida de outras pessoas, para esquecer esse vazio que ela anda sentindo.
Existe um buraco na vida de Lica que ela não consegue preencher. O preenchimento deste buraco não está nas baladas que ela se esforça para ir. Não está nas horas que ela passa na internet. Nem está nas conversas com as amigas, que tentam faze-la se animar.
O vazio que Lica sente, só será preenchido em um abraço no fim de um dia cansativo. Em uma mão a cobrindo em uma noite fria. Em um eu te amo, dito baixinho logo de manhã. Não só em palavras, mas também em um olhar que dirá muito mais.
Enquanto esse vazio toma conta da vida da Lica, ela vai se iludindo com a vida dos personagens dos livros. Sonhando que um dia sua vida fique igual. Sua personagem preferida nesses sonhos é a Bella, do livro Crepúsculo.
Ela gosta de como de uma hora para a outra, a vida da personagem se transformou.
Transformação é o que ela mais quer. Mudança. Vida nova. Novas cores. Novos rostos. Novos sabores. Um novo amor.
O problema é que a Lica não acredita mais nessa mudança. Anda conformada com as coisas e cansada de procurar. Quer ser encontrada.
Nesse momento, Lica está folheando A Menina Má. Um dos seus livros preferidos e escuta uma voz dizendo: - Ela é realmente má!
Lica levanta a cabeça assustada e vê na sua frente um homem moreno, de uns 28 ou 29 anos. Cabelo castanho, bem liso. E com um sorriso lindo.
Depois de uns poucos segundos, Lica consegue responder: - Na verdade, a menina má só foi má porque o Fernandito deixou.
Ah! então você já leu? Achei que te daria uma super indicação de livro. - Ele diz isso e sorri. Lica também sorri.
Ela estava encantada. Um homem bonito e que já tinha lido Mario Vargas Llosa.Nossa!
Já li sim. É um ótimo livro mesmo. - Lica diz, tentando fazer com que o assunto dure.
O que ela ainda não sabe é que Daniel, o homem que está a sua frente é o primeiro a não querer que esse assunto acabe. Daniel já a tinha visto outras vezes. Hoje teve uma chance de se aproximar. E não iria deixar essa chance passar.
Ele diz: - Já que eu tive uma tentativa frustrada de te indicar esse livro, podemos tomar um café para que eu tenha tempo de te indicar mais alguns? - Com o vacilo de Lica, ele resolve fazer uma gracinha para deixar o clima mais leve. - Vou precisar de um bom tempo para conseguir indicar um que você ainda não tenha lido, já que você parece que gosta muito de ler não é?
Lica sorri e concorda em ir tomar café.
Esse poderia ser apenas mais um dia. Mas hoje, Lica aprendeu que as coisas acontecem quando menos esperamos.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Toda promessa é seguida de uma frustração

Eu sempre choro na virada do ano. Não sei se é pela emoção do momento. Não sei se é felicidade daquele ano ter terminado, porque geralmente eu estou muito depressiva nessa época do ano. Sempre vem aquela tristeza de perceber que você não fez metade do que deveria ou pretendia.
Acho que choro pela nova oportunidade. Por mais um ano para eu realizar meus sonhos. Mais 364 dias para eu colocar em prática meus projetos. Uma chance de deixar as frustrações lá no outro ano e seguir para o novo, cheia de otimismo e esperança de uma vida melhor e mais feliz.
Toda virada de ano eu choro e toda virada de ano eu faço vários planos e promessas. Mas, nesse começo de ano eu inovei. Nada de promessas, nada de cobranças e logo, nada de futuras frustrações. Eu já sofro muitas cobranças. "Você tem que voltar para faculdade". Você tem que arrumar um namorado". "Você tem que começar a dirigir". "Você tem que emagrecer". Chega!
Claro que eu quero conquistar muitas coisas, tenho sonhos e planos. Mas não quero que eu tenha a obrigação de coloca-los em prática. Eu não sei lidar bem com obrigações. Quero que as coisas aconteçam no seu tempo. De uma maneira tranquila e leve. Que é como todas as coisas deveriam ser.
E é assim que eu espero seguir em 2010. E você?

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Vivendo e aprendendo a jogar....: janeiro 2010